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PRISIONEIRO DO TER

  • Writer: Eduardo Ribeiro
    Eduardo Ribeiro
  • Sep 22, 2014
  • 5 min read

Por Eduardo Armbrust

Há duas semanas eu vi o e-mail abaixo e gostaria de usá-lo para uma reflexão.

Segue abaixo o caso e logo em seguida a reflexão.

Obs. Quem, por acaso, ja leu esse texto, favor pular direto para a reflexão.

“Essa semana recebi um e-mail de despedida de uma amiga e parceira de trabalho. Ela vendeu sua parte na sociedade da empresa que ela mesma havia montado, anos atrás, para tirar um período sabático. Vai para a Europa estudar gastronomia e fotografia, suas duas paixões.

Não é a primeira nem última amiga minha, por volta dos 35 anos, com uma carreira bem sucedida e vida estável, que toma essa decisão. Uns três anos atrás, um amigo próximo um dia disse adeus ao emprego que tinha.

Todos ficaram meio surpresos, o cara trabalhava há mais de uma década em grandes empresas, era respeitado e tinha uma vida confortável no Rio de Janeiro. Mas encheu o saco. Resolveu estudar Gestalt, voltou pra Florianópolis – sua cidade natal – e abdicou de grande parte do conforto em busca do que o faria feliz de verdade.

Ele nunca mais fez uma apresentação de power point na vida, usa o excel apenas para controlar seus gastos mensais e esbanja um brilho nos olhos toda vez que nos vemos.

Fato é que histórias como essas têm sido cada vez mais comuns na minha geração. Enquanto todos se preocupam com a urgência e ambição da Geração Y, a Geração X, imediatamente anterior, está repensando seus conceitos e valores.

Fomos criados acreditando que uma vida feliz era falar línguas, fazer carreira, trabalhar a vida inteira numa ou duas grandes empresas, comprar o apartamento próprio, construir uma família para sempre e ir pra Disney (ou Paris) uma vez por ano. Uma vida estável e fixa, sem rompantes de aventura.

Acontece que grande parte da Geração X chegou aos 30, 40 anos e descobriu que para juntar meio milhão e dar entrada, com sorte, num apartamento modesto que irá pagar até seus 60 anos, o caminho é longo e o preço é alto, bem alto. Os poucos que conseguem, heroicamente, conquistar seus bens e sonhos sem a ajuda dos pais, estão exaustos. Olham em volta e mal têm tempo de curtir os filhos ou as férias exóticas que sonham (e têm dinheiro para tirar) para a Tailândia, Marrocos ou Havaí.

Há também aqueles que ficaram tão ocupados em conquistar aquilo que lhes foi prometido que deixaram para “daqui a pouco” os filhos, os hobbies e a felicidade e perceberam, agora, que “desaprenderam a dividir”.

No meio disso, veio essa sedutora mobilidade contemporânea, mostrando a nós o que nossos pais ainda não podiam nos ensinar, que é possível existir estando em qualquer lugar e que não é uma mesa de escritório ou um cartão de visitas que nos faz mais nobre, mas sim aquilo que de melhor podemos oferecer ao mundo. Só que descobrimos isso depois de passarmos grande parte da nossa juventude preocupados em nos sustentar, sermos bem sucedidos, conquistar prestigio e reconhecimento. Para, enfim, ter a liberdade de chutar o balde e sair por aí…

Fabiana Gabriel é jornalista, tem cartão de visitas, mas ainda não comprou sua casa própria, nem chutou o balde… “

REFLEXÃO: A maioria das pessoas sonha com a liberdade, porém colocam sua ancora no ter, eu explico melhor.

Sabem por que a maioria das pessoas vive como o desenho deste artigo e demoram a chutar o balde, ou talvez nunca o chutem?

Porque elas não têm um PLANO próprio DE VIDA, não sabem o que querem daí ficam gastando tempo, energia e recurso em coisas para darem satisfação aos outros e esquecem o que realmente importa para serem mais felizes, esse é o pensamento de riqueza centrado no TER.

Se alguém conhecido comprou um carro novo ou uma TV, a pessoa sem planos acha que também tem que comprar, e assim a vida segue. Talvez o carro ou a TV (entre outros) estejam no plano de vida e trará felicidade para uma determinada pessoa, não necessariamente para a outra, talvez se aposentar mais cedo traga muito mais felicidade do que um carro novo, ou ter a liberdade financeira para se dedicar ao que realmente faz sentido para sua vida.

Por isso a importância de ter as prioridades no plano. Nada contra o consumo, afinal vivemos numa sociedade capitalista e o consumo faz parte do nosso dia a dia, porém como os recursos são limitados, precisamos nos concentrar no que realmente nos traz felicidade, e não em tudo que a mídia acha que nos trará.

A internet e em especial o Facebook botou ainda mais "gasolina" nisso tudo, nada contra, porém as pessoas perdem o foco do que interessa e se preocupam mais em viver um faz de conta, veja o artigo desse link sobre a expectativa da geração Y, para mais detalhes. ( http://demografiaunicamp.wordpress.com/2013/10/30/porque-os-jovens-profissionais-da-geracao-y-estao-infelizes/ )

Padrões de consumo impostos pela sociedade que a grande maioria acaba seguindo para dar satisfação, como se fosse um rótulo de que para ser feliz precisa consumir um conjunto de itens pré determinados, que podemos chamar de Kit (se as coisas do kit lhe trazem felicidade, consuma todas, porém devem estar no plano, e pode ser que para isso tenha que abrir mão de outras coisas), e as pessoas DESVIAM-SE do que realmente as fazem, ou poderiam fazer, felizes para irem em busca do tal KIT, isso acaba drenando toda energia e recurso dessas pessoas.

Pensem quantas pessoas “compram o que não precisam, com o dinheiro que não possuem, para mostrarem-se para quem não conhecem, para parecerem ser uma pessoa que elas não são”, daí haja trabalho para bancar esse estilo de vida, noites sem dormir, stress, medo de perder o emprego, ou pior, não poderem deixar o emprego para realmente irem fazer o que realmente lhe traz felicidade (fica exatamente como na imagem do post).

Por isso defendo que todos deveriam ter um PLANO DE VIDA, que de tempos em tempos deve ser revisitado e ter sua rota corrigida, mesmo que você esteja trabalhando em algo que não lhe traga felicidade no curto prazo, porem é necessário para o sustento da família, este plano vai ajudar a te manter longe das tentações, lá deve estar contemplado tudo aquilo que lhe traz felicidade, talvez você não consiga tudo na mesma hora, vai conquistando aos poucos.

O planejamento financeiro é o alicerce para que você conquiste os objetivos do seu plano de vida, pois a grande maioria do que lhe traz qualidade de vida tem algum custo (estudar, viajar, aposentadoria, tranqüilidade de não precisar trabalhar, abrir um novo negocio, cuidar dos filhos, casar-se, ter um filho, etc.).

Só dinheiro não lhe traz felicidade, pois existem pessoas ricas e infelizes, porém dinheiro bem administrado somado a uma vida equilibrada pode contribuir para elevar o grau de felicidade. Então não fique apenas sonhando, trace um plano que faça sentido para a sua vida, com metas e prazos para que as coisas aconteçam, e se precisar de ajuda, nós, da Viver Planejamento, estamos aqui para responder, basta fazer um comentário abaixo, ou enviar um e-mail.

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